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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Imagens e Verdades...

É estranho como nos identificamos com pessoas com quem nunca tivemos nenhum tipo de contato físico, apenas virtual ou telefônico, etc.

Eu sou mestre em encontrar pessoas com as quais me identifico dessa maneira, e, ao contrário do que parece esta afinidade aumenta quando se estabelece o contato real.

Estava conversando com uma amiga assim, virtual, sobre a imagem dos homens, diante da vida e a verdade.

Demonstramos o tempo todo que somos fortes e capazes de suportar sofrimentos emocionais sem sequer nos abater. Todos sabem que esta não é a realidade, ao contrário, quando o assunto é sentimento, a verdade é que não sabemos lidar com eles com a mesma competência que as mulheres. Fomos criados assim, dentro de uma cultura onde temos de ser os fortes, os que “protegem” e elas as frágeis, as que devem ser “protegidas”.

No passado, não muito distante, era como se o mundo fosse dividido em dois reinos:
O dos sentimentos, dominado pelas mulheres, onde era, e ainda é permitido explorar a todos eles;

O da força, dominado pelos homens, onde sentimentos permitidos só os classificados como “coisa de macho”, a raiva, ira, o ódio, etc., outro tipo, nem pensar, sob pena de ser excluído do convívio com os outros homens e mulheres.

Muita gente diz que os valores mudaram, e, de fato, basta que observemos o mundo atual para constatar estas mudanças.

Hoje as mulheres estão assumindo o papel de seres independentes que não precisam da proteção de ninguém, muito menos de um ser que é, emocionalmente, menos capacitado do que elas.

E quando digo que somos menos capacitados, não significa que sentimos menos, ou temos menos sentimentos, significa apenas que não sabemos lidar com eles da mesma maneira que elas.

Essa mudança é real, perceptível aos homens. Para acompanhar essa mudança tão radical no comportamento das mulheres seria necessária uma mudança também radical no comportamento dos homens.

Mas por que ela não ocorre? Pensem bem...

O debate com essa minha amiga girava exatamente em torno desse tema.

Ela me dizia que os homens têm necessidade de mostrar a imagem de “forte” procurando esconder uma vulnerabilidade que está presente neles muito mais do que eles gostariam de admitir, de deixar transparecer, e poderia até ser verdade, algumas décadas atrás.

Hoje a realidade é bem diferente, os homens que entendem a importância dos sentimentos, os que demonstram ser tão vulneráveis quanto elas, são vistos (por elas) como seres fracos que não merecem respeito. Não é irônico? Pensem nas conseqüências disso.

Acredito que a imagem do homem “forte”, “protetor”, “provedor” por vezes até mesmo “insensível” é uma necessidade muito mais da mulher do que do próprio homem.

Saber lidar com os próprios sentimentos nos confere um conhecimento muito mais profundo sobre nós mesmos e nos possibilita uma empatia muito maior com o outro, e esse é o reino dominado pelas mulheres, e elas não pretendem abrir mão dele, enquanto este domínio for das mulheres a superioridade esta garantida.

4 comentários:

Consuelo disse...

Lu,
Achei algumas coisas pertinentes,mas acho que você foi muito duro com os homens e mais ainda com as mulheres.
O passado do "Macho provedor e forte" e da "Fêmea frágil" influenciou muito a nossa geração, mas foi nela mesma que tudo começou a mudar.
Acho que hoje as mulheres dão muito valor aos homens que se conhecem e sabem demonstrar seus sentimentos usando a "força" masculina.
Nada como um abraço bem apertado ou uma "pegada" que só vocês conseguem.
Se estiver acompanhado de emoção à flor da pele,melhor ainda!!!
A questão é não ter medo de se "capacitar", de se entregar mais.
Não acredito que as mulheres desejam essa superioridade e esse poder todo.
Olha que eu entendo um pouco da cabeça delas,hein?
O que nós queremos é crescer junto com vocês!!!
E, vamos combinar, um pouco de "força masculina", quando bem acompanhada, derruba qualquer mulher que se acha "a" poderosa.
Beijo.
Consuelo.

Keli Soares disse...

Lutti,

Você tocou em um assunto que vai dar "pano pra manga"... Rrrsss. Concordo contigo quando diz que as mulheres tem mais facilidade para lidar com as emoções. Nossa natureza é essa... Os homens realmente tem mais dificuldades pois não foram educados para sentir e sim para fazer.

Todos devemos sentir e fazer, mas confundimos de tal maneira nossos papéis que corremos o risco de sair de uma cultura que inferioriza a mulher para seu oposto. Masculino e feminino são sagrados e precisam estar bem integrados primeiro dentro de nós para que possamos conviver em harmonia. Atualmente estamos competindo como se fossemos iguais e não somos. Somos diferentes e completamos uns aos outros. Tem mulher que pensa que não precisa dos homens e isso não é verdade!

As mulheres tem dentro de si o Animus e os homens Anima, segundo Jung. Culturalmente não apredenos a integrar essas duas partes e ficamos doentes da alma. O que precisamos é fazer esse casamento sagrado dentro de nós: feminino e masculino. O masculino foi interiorizado como tirano, aquele que corrompe e o feminino degradado. E a gente segue tentando fazer o melhor que pode com isso. Uns reclamando dos outros. A verdade é que somos todos, mulheres e homens, necessários e importantes para a vida e ao invés de ficar nessa briga milenar devíamos cultivar o amor saudável, não é mesmo?

Não sei se consegui expressar exatamente o que penso mas foi um começo.

Bjao primo.

Keli

Luciano_R_Gallo disse...

Não me entendam mal, eu concordo com ambas e acho que o caminho deve ser trilhado junto.
Acredito que os homens devem se "capacitar" para os sentimentos.
O problema é que existe uma resistência velada por parte das mulheres, e também dos homens, no que se refere a isso.
O que eu quis foi relatar uma realidade ainda muito presente.
Ambos temos características indispensáveis ao crescimento do outro, o que eu disse e repito é que ambos ainda resistem muito às mudanças que proporcionaram esse crescimento, e, nem precisa ir longe, basta analisar a luta de vcs para chegar onde chegaram. Quanta resistência vcs tiveram que enfrentar?
Prima quando vc diz que corremos o risco de de uma inversão cultural vc está absolutamente correta, essa inversão existe, ela é real. Não se esqueçam que, infelizmente, vcs duas fazem parte de uma minoria que valoriza o homem que se conhece e demonstra o que sente. A grande maioria, apesar de falar, ainda tem reservas quanto à esse "homem atual".
O fato é que estamos ainda caminhando e descobrindo que somos "seres que devem se complementar".
Primeiro temos que nos descobrir por inteiro, só assim seremos capazes de aceitar o outro inteiramente.

O amor "maior de todos os "sentimentos" é que deveria nos guiar, porém ainda não é assim.

Beijo no coração.

Keli Soares disse...

É isso aí primo!!!

De formas diferentes estamos falando a mesma coisa!

Universos diferentes, resistências diversas...

E no final o que fica é um sentimento: amor!

Abraços
Keli