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"Se tivesses acreditado nas minhas brincadeiras de dizer verdades, teria ouvido as verdades que insisto em dizer brincando..."

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É preciso muita poesia na alma para encarar...
É preciso muita fé no ser humano para suportar...
É preciso muita luta interna para não desanimar...
E é preciso, antes de mais nada, ser um eterno aprendiz para só assim aprender a ensinar!


"Me interprete como quiser... Me veja da sua maneira... Pode me julgar. Só não espere que eu seja isso que você pensa!!!"



sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Gandhi

Rubem Alves

T.S.Eliot, poeta, escreveu o seguinte aforismo: ‘Numa terra de fugitivos, aquele que anda na direção contrária parece estar fugindo.’ É fácil entender os que andam na direção em que todos andam. Seus pensamentos e atos têm suas origens no tempo e são expressões da teia das relações sociais em que estão enraizados. Eles pensam e falam aquilo que a linguagem ‘gregária’ os obriga a pensar e falar. A linguagem gregária é como um jogo de xadrez, com uma lógica rigorosa e desenvolvimento previsível. As instituições e os jornais se fazem com ela. Assim, basta que as primeiras palavras sejam ditas para que se possa adivinhar quais serão as últimas.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

INDIGNAÇÃO...

Precisei de um tempo para amenizar toda a minha ira com relação aos comentários contra os Nordestinos postados nas Redes Sociais (Twitter e Facebook) e tentar colocar em palavras toda a frustração que senti ao ver esses jovens demonstrando tanto ódio.
A que se deve todo esse ódio?
A única coisa que consegui enxergar nesses jovens é que são totalmente incapazes de pensar, estudar, analisar os fatos reais e formar uma opinião.
Pra mim ficou perfeitamente claro que são jovens sem personalidade, que não conseguem pensar por conta própria e precisam sempre da manipulação de alguém que os conduza como gado sem cérebro.
Infelizmente, além de se acharem superiores aos nossos irmãos do Norte/Nordeste, eles acreditam mesmo que toda a riqueza do país vem do trabalho de suas abençoadas mãos.
Quantos deles trabalham de fato?
Quantos já precisaram trabalhar pra sobreviver?
Se tivessem sentido na pele a necessidade que a vida impôs aos nossos irmãos do Norte/Nordeste, devido aos desmandos de governos anteriores, talvez conseguissem ser um pouco mais gente, um pouco mais humanos, ou, talvez um pouco mais “Do Bem”!
Se tivessem estudado, como querem nos fazer crer, talvez conseguissem perceber a diferença que se apresentou nesse país nos últimos anos pelas mãos de um presidente que veio da classe operária, do povo, de origem simples, que é respeitado no mundo inteiro e que mudou a realidade do nosso país aqui e lá fora.
Ah! O presidente com o maior índice de aprovação (+ de 80%), que transformou esse país, que mudou a maneira como o Brasil é visto lá fora, que é respeitado onde quer que vá, é NORDESTINO!
Existem outros:
Jorge Amado, Ariano Suassuna, Manuel Bandeira, João Cabral de Melo Neto, Alceu Valença, Ivete Sangalo, Pity, Chico Science, Lenine, Dorival Caymi, Zé Ramalho, Geraldo Azevedo, Gilberto Gil, Caetano Veloso, Maria Bethânia, Patativa do Assaré, Graciliano Ramos, José Lins do Rego, Rachel de Queiroz, entre outros. Conhecem?
Que bobagem, a cultura, desses imbecis, é tão mínima que provavelmente nem devem conhecer nenhum desses nomes.
Se realmente conhecessem o país onde vivem e as pessoas que dizem sustentar, talvez entendessem que na realidade foram sustentadas por essas mesmas pessoas através da pobreza e miséria a elas impostas.
Talvez entendessem que muito do desenvolvimento existente no Centro-Sul se deve a falta de investimento no Norte/Nordeste.
Se soubessem como analisar os números de uma eleição veriam que mesmo sem o Norte/Nordeste o quadro político que se apresentou no dia 01/11/2010 seria o mesmo, demonstrando assim que além de não conseguir enxergar a realidade como ela de fato é esses jovens pseudo-alfabetizados não sabem sequer fazer conta.
Como disse Marcos Coimbra:
“Dilma se elegeu com o voto de pessoas de todos os tipos, desde os eleitores mais humildes do interior e das cidades pequenas, até os setores mais educados e modernos de nossa sociedade, que vivem em metrópoles ricas e avançadas. Seu desempenho, segmento por segmento do eleitorado, não foi homogêneo (como não foi o de Serra), pois em uns ela se saiu melhor que em outros. Mas isso não invalida que sua candidatura tenha sido amplamente apoiada nos estratos de educação e renda elevados, como mostravam as pesquisas.”
A maioria desses “Internautas Twitteiros” não consegue entender sequer o significado das palavras de um texto, quanto menos a mensagem na integra.
Como diz a amiga e professora Graça Aguiar:
“Esses jovens choram pelos míseros centavos que viabilizam o bolsa família, mas aplaudem os bilhões que são drenados pelas multinacionais e os investidores do capital motel. Reclamam assistência social realizada pelo governo federal, mas não se importam em entregar sorrindo o patrimônio nacional para a privatização. Em sã consciência não podemos considerar esses jovens ditosos e educados, eles são seres necessitados e doentes (...)”
Ouso dizer que são jovens doentes espiritualmente, desprovidos de sentimentos de solidariedade e humanidade.
Faço minhas as palavras de nosso colega Euler Conrado:
“Tenho orgulho de ter contribuído para derrotar uma candidatura que expressa todo este atraso espiritual existente no nosso território.”
Tremo em pensar que nosso país estará nas mãos de jovens com esse espírito num futuro muito próximo...
Como disse minha amiga Graça: “Nosso trabalho como educadores é imenso”, e a cada dia que passa se torna maior.

Luciano Rodrigues Gallo


Incorporo ao texto principal o comentário do amigo e educador Edinho Poscidônio:


Que falta faz a inteligência! Não consegui chegar ao final do vídeo. Muito triste. Que pena que ainda existam pessoas tão míopes. Concordo que são opiniões de segunda mão, não é nada deles não. Este tipo de neonazista é fruto de falta de família, falta de escola, falta de leitura, falta de cultura, falta de educação, falta de vergonha, falta de limites, falta de inteligência, falta de tolerância, falta de amor, falta de humanidade, falta de solidariedade, falta de caridade, falta de visão, falta de informação, falta de respeito, falta de ética, falta de altruísmo, falta do que fazer, falta, falta, falta, falta... Que pena!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

S.O.S. EDUCAÇÃO PÚBLICA: Xenofobia, Preconceito e Intolerância: resíduos tóxicos da ideologia neoliberal.

A onda de ataques eivados de ódio e preconceito contra os cidadãos brasileiros do nordeste e os das classes menos favorecidas que infestou as redes sociais após a derrota do Serra, movida pelos jovens da classe média da região centro-sul, envergonhou todos nós cidadãos brasileiros, revelando uma face até então desconhecida do Brasil....

terça-feira, 2 de novembro de 2010

BRASIL - PAÍS DO FUTURO...

Luciano Rodrigues Gallo
“País do futuro!” Nunca concordei com essa afirmação.
Nasci num país muito bonito e cresci com a crença de que o brasileiro era um povo preguiçoso, que não gostava de trabalhar e por essa razão o país não se desenvolvia.
Os governos estavam “trabalhando duramente” para transformar esta realidade, quer dizer, fazer com que as pessoas trabalhassem em prol do desenvolvimento.
A frase que mais se ouvia era – O Brasil é o país do futuro – e o pior era que estas supostas realidades eram aceitas, como se ser o “país do futuro” fosse algo que se pudesse considerar razoável, pois bem, pra mim não era, mas eu nem sabia porque, pelo menos não ainda.
As pessoas estavam convencidas disso, principalmente no interior do país, onde as informações que tínhamos não eram corretas (era tudo muito diferente do que é hoje), a manipulação das informações era muito grande.
As pessoas acreditavam no que era veiculado, e quando não acreditavam, eram desacreditadas, oprimidas, humilhadas, presas, torturadas, etc.
Ouvi certa vez alguém em quem confiava tecer uma comparação entre brasileiros e japoneses, mais ou menos assim:
“O imperador daquele país teria pedido a seu povo que trabalhasse menos, que reduzisse a jornada de trabalho e produzisse menos, pois a produção em excesso é também um fator prejudicial à economia. Enquanto no Brasil, a única coisa que os trabalhadores faziam eram manifestações para se trabalhar menos.”
Hoje sabemos que estas manifestações eram muito mais políticas do que trabalhistas.
Tive a sorte de sair do interior, novo ainda, e poder enxergar as coisas como realmente eram, e não como queriam que acreditássemos.
A realidade era muito diferente daquilo que nos era desenhado.
Sempre fui uma pessoa muito desconfiada e nunca limitei minhas informações a poucas fontes, parecia que nunca me satisfazia...
Vivi a maior parte da minha vida na capital do meu estado e pude constatar que o povo brasileiro, ao contrário do que era veiculado, é muito trabalhador, caloroso, hospitaleiro, bem humorado, festeiro, possui uma fé no futuro como poucos, e acreditava realmente que o “Brasil era o país do futuro”.
Parece que isto está mudando.
Estamos atravessando uma fase nesse país em que esta frase não se aplica mais.
O Brasil não é mais o “país do futuro”.
O Brasil de hoje é o “PAÍS DO PRESENTE”, O Brasil hoje acontece, e precisou vir um presidente do povo e mostrar a todos que duvidavam que podemos fazer acontecer.
Precisou vir alguém e “nos dar a certeza de que o governo tem obrigação de fazer por nós”, que não é um favor o governo cuidar do seu povo.
Estamos muito longe ainda de ser um país justo, mas, nesse meu meio século de vida, eu pensei que não fosse enxergar certas mudanças que estão acontecendo.
De alguns anos pra cá eu sinto que a tal frase, que sempre me incomodou, mudou.
O Brasil deixou de ser o país do futuro e passou a ser o país do presente.
Tenho muita fé que a realidade desse país “abençoado por Deus” continue esse caminho de transformação.
Ainda há muito a ser feito, e, precisamos saber que muito disso depende de nós brasileiros.



A amiga Graça Aguiar (Professora) complementou de maneira brilhante meu singelo pensar...

Esse Brasil ainda vive no imaginário coletivo e continua sendo uma arma de manipulação, vide a campanha eleitoral, quando o candidato Serra sempre falava da educação colocando-a sempre no futuro. A erradicação dessa representação da nação deve ser constantemente trabalhada em sala de aula, pois essa visão milenarista presta-se a engabelar o povo, para que espere a solução de suas mazelas no devir, enquanto a elite se locupleta no Brasil do presente. O mecanismo é similar ao utilizado na Idade Média, quando o bem estar e a felicidade dos pobres aconteceria no paraíso celestial.

Essas representação norteia a vida nacional e foi construída pelos e para os coronéis da República Velha. Repare que o hino nacional coloca a beleza, a força, isto é, realização do “impávido colosso” (Brasil) como uma miragem pertencente ao devir ¨ e o teu futuro espelha essa grandeza “. É um país fadado à imobilidade, pois a sua grandeza já existe, dada "pela própria natureza" e nada precisa ser feito ou melhorado, pois o Brasil se queda “ deitado eternamente em berço esplêndido”. Percebe-se na letra do hino a mentalidade escravocrata da elite, que evoca liberdade para a defesa dos seus interesses, entretanto deseja que todo o resto permaneça como estava, ou seja, o povo que espere, de preferência como zumbis, a participação nas riquezas e no poder desse colosso.
A ideologia das classes dominantes conceberam a nação como uma cornucópia abundante e inesgotável, sob seu domínio, que “tudo dá” eternamente à sua disposição. Nesta representação o brasileiro deixa de ser sujeito e passa a ser um eterno beneficiário das dádivas da natureza, nada precisa ser feito, construído ou melhorado, pois tudo já se encontra pronto, pré-destinado. Entretanto quem tem o domínio da natureza (terras) são os barões do café, o povo é um penetra tolerado neste paraíso, mas como visitante deve ser monitorado por seus dirigentes. Não é à toa que a cidadania no Brasil, não é vista por nossas autoridades como um direito, ela é tida ainda como um favor, uma esmola decorrente da generosidade dos ocupantes do poder.
Amigo o nosso trabalho como educadores é imenso, pois o domínio do imaginário pela ideologia é feito na base do inconsciente e somente uma educação de qualidade pode libertar as mentes e preparar as pessoas para não se deixarem levar pela propaganda ideológica.
Percebes agora o que motiva a baixa qualidade da educação pública e a campanha de desqualificação dos professores?
Apesar de todos os obstáculos, nós educadores estamos aqui, lutando e batalhando no país do presente, o Brasil para nós é aqui e agora.

Abraços

Graça Aguiar