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"Se tivesses acreditado nas minhas brincadeiras de dizer verdades, teria ouvido as verdades que insisto em dizer brincando..."

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É preciso muita poesia na alma para encarar...
É preciso muita fé no ser humano para suportar...
É preciso muita luta interna para não desanimar...
E é preciso, antes de mais nada, ser um eterno aprendiz para só assim aprender a ensinar!


"Me interprete como quiser... Me veja da sua maneira... Pode me julgar. Só não espere que eu seja isso que você pensa!!!"



quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Carta à Presidente do Brasil


Exma Presidente do Brasil,
Venho por meio deste solicitar de V.Sa. que olhe com especial atenção ao que está ocorrendo em nosso Estado!
Somos mineiros e nos orgulhamos disso, e, independente de qualquer coisa estou deverás mortificado com o que tenho assistido.
- Acusações inverídicas por parte do governo aos trabalhadores da Educação;
- Tratamento desumano, pois só assim consigo descrever as atitudes truculentas contra os professores tratando-os como bandidos por não concordarem com a posição do governo Estadual, que está equivocada e viola claramente a Constituição do nosso país, que garante o "Direito de greve", o "Direito de Ir e Vir", etc.
- Além disso, o governo não cumpre a Lei 11.738/08 que institui o Piso Nacional dos Profissionais da Educação e foi declarada plenamente constitucional pelo STF neste ano.
Sou professor em Minas Gerais e estou, como muitos, atravessando um processo de profunda decepção com o tratamento dado à Educação em um dos Estados mais ricos e desenvolvidos do país, sem que a União tome qualquer posição, contrariando o que me chamou a atenção à época das eleições, onde, por mais de uma vez a ouvi prometer cuidar da valorização da Educação e dos professores.
Acompanhei todo o processo de campanha difamatória que foi feito para desestabilizar a sua campanha, e por muitas vezes, a defendi com unhas e dentes, pois sabia de sua seriedade e compromisso com os menos favorecidos. Ainda acredito muito naquilo que acreditava naquela época, porém, acho que o governo federal está sendo desrespeitado pelo governador de Minas Gerais e algo deve ser feito de forma mais eficaz e contundente, demonstrando que se a Lei existe ela deve ser cumprida por todos indistintamente, a começar dos Estados.
Sei de toda a sua luta durante a ditadura militar, e o que vimos na Praça da Liberdade na última sexta-feira 16/09/2011 foi uma reprodução do que acontecia naquela época. Se estivesse presente com certeza sua memória voltaria à época em que sentiu na própria pele a truculência de um governo autoritário que recorre a violência física e psicológica, pois não consegue encontrar argumentos para as atitudes que toma e mentiras que diz. Um governo que em todos esses dias de greve não foi capaz de conversar com os Educadores; Um governo que demonstra uma total falta de competência no que se refere a solução de um problema; Um governo que é capaz de pagar por horário nobre na televisão para falar inverdades sobre os professores, sobre o Sindicato e, principalmente, sobre a Educação de Minas Gerais. A educação pública de Minas é mascarada por números que não traduzem, nem de longe a realidade.
Poderia ficar aqui falando de tudo que está errado em Minas, mas vou encerrar com um pedido de um mineiro, que ama seu Estado, a outro, ou de um brasileiro que jamais pensou ver seu país trilhar um caminho tão brilhante como o que tem trilhado.
Não deixe, presidente, que este indivíduo transforme nosso Estado, sempre reconhecido como BERÇO DA LIBERDADE, em um arremedo de democracia.
Não deixe que toda a sua luta se perca, que tudo o que sofreu tenha sido em vão!
Não acredite em tudo o que lhe dizem, assim como a maioria das pessoas que votaram em você não acreditaram nas mentiras que tentaram nos fazer engolir. Não é engraçado perceber que as duas situações foram provocadas pelo mesmo partido político PSDB.
Um forte abraço de um brasileiro que se orgulha de ter votado em você, apesar das mentiras. Com fé sempre.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

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sábado, 18 de junho de 2011

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quarta-feira, 15 de junho de 2011

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

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quarta-feira, 25 de maio de 2011

Blog do Euler: Governo de Minas continua fazendo cara de paisagem...

Blog do Euler: Governo de Minas continua fazendo cara de paisagem...: "Governo de Minas continua fazendo cara de paisagem em relação ao piso dos professores. Nossa resposta: greve geral por tempo indetermi..."

sábado, 7 de maio de 2011

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domingo, 1 de maio de 2011

PARABÉNS TAM

Aconteceu na Tam, é verídico !!!

Uma mulher branca, de aproximadamente 50 anos, chegou ao seu lugar
na classe econômica e viu que estava ao lado de um passageiro negro.
Visivelmente perturbada, chamou a comissária de bordo.
'Qual o problema, senhora?', pergunta a comissária..
'Não está vendo?' - respondeu a senhora - 'vocês me colocaram ao lado de um negro. Não posso ficar aqui. Você precisa me dar outra cadeira'
'Por favor, acalme-se' - disse a aeromoça - 'infelizmente, todos os lugares estão ocupados. Porém, vou ver se ainda temos algum disponível'.
A comissária se afasta e volta alguns minutos depois.
'Senhora, como eu disse, não há nenhum outro lugar livre na classe
econômica. Falei com o comandante e ele confirmou que não temos mais nenhum lugar na classe econômica. Temos apenas um lugar na primeira classe'. E antes que a mulher fizesse algum comentário, a comissária continua:
'Veja, é incomum que a nossa companhia permita à um passageiro da classe econômica se assentar na primeira classe. Porém, tendo em vista as circunstâncias, o comandante pensa que seria escandaloso obrigar um passageiro a viajar ao lado de uma pessoa tão desagradável'.
E, dirigindo-se ao senhor negro, a comissária prosseguiu:
'Portanto senhor, caso queira, por favor, pegue a sua bagagem de mão, pois reservamos para o senhor um lugar na primeira classe...'
E todos os passageiros próximos, que, estupefatos assistiam à cena, começaram a aplaudir, alguns de pé.

Não resisti a história é boa demais...........

quarta-feira, 20 de abril de 2011

CARREIRA NOVA ou CARREIRA ANTIGA?!?!?!?!?!?!?

Quando comecei esse blog prometi a mim que não colocaria nenhum tipo de comentário relativo à minha profissão, porém o momento me exige isso, pois o descaso e acomodação de alguns profissionais da educação estão me incomodando!
Estamos atravessando um período de desânimo geral por parte de todos os educadores do país.
Com o recente “reconhecimento”, por parte dos ministros do STF, de que piso nacional do magistério é piso e não teto como alguns gostariam que fosse, ou seja, piso é o vencimento básico sem a incorporação das vantagens ao contrário do que acontece em Minas Gerais, com a lei do subsídio. Porém ainda está pendente no STF a questão do terço de tempo extra classe. Como já aconteceu anteriormente e não obteve as assinaturas da maioria dos professores, existe uma manifestação visando solicitar dos ministros uma atenção especial no que se refere à votação do terço de tempo extra classe.
Esse abaixo assinado é uma das formas que a classe encontrou para lutar por nossos direitos, porém até o presente momento conta com menos de 1000 assinaturas, ora convenhamos, trabalho em um Estado com aproximadamente 160 mil professores na ativa e esse número de assinaturas é no mínimo vergonhoso para a nossa classe. Infelizmente os professores acreditam que as coisas vão mudar sem nenhum tipo de atitude por menor que seja.
Engraçado, sempre pensei que quando não se faz nada, nada muda! rsrsrsrs!
E a vergonha não para por aí.
Há alguns dias conversando na Escola com os demais professores sobre esse assunto e a pressão que estamos sofrendo por parte do governo para permanecermos na “NOVA CARREIRA”, ou seja, na lei do subsídio, ouvi os seguintes argumentos:
- “Acho que vou permanecer na “NOVA”, pois tenho medo do que o governo pode fazer comigo se eu retornar para a antiga...”
Perguntei-lhe o que o governo poderia fazer? De que forma ele poderia prejudicá-la se ela estaria exercendo um direito que ele mesmo havia lhe proporcionado? e ela não soube o que responder, quer dizer tem medo e nem sabe de que, detalhe, professor(a) com mais de 20 anos de magistério...
-“Vou permanecer na “NOVA”, pois o governo está praticamente nos obrigando a isso”...
Como o governo pode estar nos obrigando se ele está nos dando uma opção? Se me dissesse: o governo não está nos informando, ou melhor, nos informa apenas o que lhe é conveniente eu poderia até concordar, porém eu não posso e nem vou me contentar com as informações de uma fonte que está comprometida com o desejo do governo.
- “Vou ficar na “NOVA”, pois financeiramente ela é mais interessante para mim!” Esse é o principal argumento dos educadores, e sem dúvida no momento é mesmo, mas quando falamos de carreira estamos falando de futuro, de progressão, de perspectiva de melhorias as mais diversas, e, com essa lei eu não consigo enxergá-las.
É a prova que, infelizmente, pertencemos a uma classe de trabalhadores que só consegue enxergar as próprias necessidades e espera as melhorias caírem do céu, ou pior, que somente alguns se sacrifiquem pelo bem de todos.
Estou muito desanimado é com certos “colegas” que se comportam como os alunos dos quais reclamam e não estudam ou não se informam sobre o que lhes afeta enquanto profissionais. Que tipo de profissional é esse? Que valores ele passa aos seus alunos? Que tipo de cidadão crítico ele está formando se ele mesmo não consegue exercer essa criticidade?
Muitos de nós lutamos por melhores condições de trabalho e é claro que isso envolve a remuneração, porém temos a consciência de que o sacrifício por vezes é necessário se quisermos alcançar um benefício que atinja uma maior parcela da categoria..
O objetivo das minhas colocações não é o de convencer as pessoas a tomarem esta ou aquela decisão. Como educadores que somos devemos pensar, refletir, analisar, e então tomar a decisão correta, mas pelos motivos certos, e não porque algumas pessoas comprometidas com determinadas situações nos fornecem apenas as informações necessárias para que tomemos a decisão que mais lhes interessa.
Vivemos em um mundo onde a informação é cada vez mais considerada uma riqueza e todos temos acesso a ela de uma forma razoavelmente simples.
Pensemos nisso, e em que tipo de profissional seremos no futuro se não mudarmos essa maneira equivocada de se comportar no que se refere à nossa classe, nossa carreira, nossa luta e nossos princípios. Devemos nos unir e não permitir que os governantes nos coloquem uns contra os outros, ou nos convençam de que não podem arcar com a “despesa” que a educação acarretaria. Não se esqueçam que gasto com educação é investimento e não despesa.
Sonho? Talvez... Mas um dia quem sabe isso muda!

domingo, 6 de março de 2011

DIREITOS

Hoje estava pensando na ineficiência profissional que encontramos em alguns estabelecimentos e instituições de maneira geral, mas, principalmente no setor público.
Por que quase nunca conseguimos de imediato o que buscamos nesses setores, se, os mesmos existem principalmente para nos atender (o público)? E não se engane pensando que quem faz parte do quadro funcional dessas instituições está protegido da falta de competência, pois não está, ao contrário está a mercê de pessoas que, por ocupar cargos que lhes conferem certos poderes, se consideram com direitos ilimitados.
Esse tipo de “profissional” se julga acima do bem e do mal, em alguns casos até mesmo acima das leis, julgando competências mesmo quando não tem qualificação para tal, decidindo sobre o futuro das pessoas desrespeitando-lhes os direitos, impondo-lhes deveres que não lhes são atribuídos e toda a sorte de ameaças veladas quanto à continuidade do exercício de suas funções.
Sempre fui uma pessoa com a consciência de que temos que cumprir os nossos deveres, mas também fazer valer os nossos direitos, primeiramente através de diálogos e entendimentos amigáveis, entretanto  esgotadas essas alternativas, pelos caminhos que se fizerem necessários.
Ouço muitas pessoas dizendo que não lutam pelo que lhes é devido por medo de se tornarem alvo de críticas – Assim eu vou ser rotulado(a) de criador(a) de caso... – ou por medo de represálias diversas. Ora, se abandonamos nossos direitos quando os mesmos são desrespeitados, não os merecemos de fato e o desrespeito é mais nosso que de qualquer outra pessoa.
Muitas vezes acreditei e lutei sozinho, tive apoio das pessoas que gostam de mim, mas sei que nenhuma delas acreditou. Me diziam “isso é sonho”, porém toda realização já foi um sonho que só se tornou realidade graças a fé de alguém). Não me importo muito que as pessoas deixem de me ver como uma pessoa amigável, aliás prefiro que me vejam como uma pessoa que sabe que tem deveres, mas que também tem direitos. Infelizmente nesse mundo poucas são as pessoas que gostam de verdade de nós, porém é como uma amiga sempre me diz: “Não precisa gostar de mim, mas tem que me respeitar!”.
Algo que me surpreendeu e que eu gostaria de dividir com as pessoas é a imagem que os outros fazem de mim. Hoje eu sou visto como uma pessoa que luta pelos seus direitos e, consequentemente, muito mais respeitado por isso. Até mesmo as minhas posições e opiniões hoje são levadas mais à serio. Talvez as pessoas gostem menos de mim, não importa, o que importa é que luto por aquilo que acredito. Não se enganem com meu jeito simples e quieto, pois eu sempre corro atrás de tudo que realmente quero na vida.

“Me interprete como quiser, me veja da sua maneira, pode me julgar. Só não espere que eu seja isso que você pensou!”

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

DESAGRAVO DO PROFº IGOR P. WILDMANN

Amigos,

Embora há muito tempo desligado daquela instituição, como ex-professor do Instituto Metodista Izabela Hendrix, fiquei profundamente consternado com o caso do universitário que, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca no coração de seu professor, na cantina, em pleno horário escolar, à frente de todos.


Escrevi um desagravo e, em minha opinião, a pérfida ilusão vendida a muitos alunos despreparados, sobre a escola (e a vida) como lugares supostamente cheios de direitos e pobres em deveres, acaba por contribuir para ambientes propensos à violência moral e física.


Espero que, se concordarem com os termos, repassem adiante, sem moderação. A divulgação é livre.


Abraços


Igor

J’ACUSE !!!
(Eu acuso !)

(Tributo ao professor Kássio Vinícius Castro Gomes)

Mon devoir est de parler, je ne veux pas être complice.
Meu dever é falar, não quero ser cúmplice. (...)
(Émile Zola)

Foi uma tragédia fartamente anunciada. Em milhares de casos, desrespeito. Em outros tantos, escárnio. Em Belo Horizonte, um estudante processa a escola e o professor que lhe deu notas baixas, alegando que teve danos morais ao ter que virar noites estudando para a prova subsequente. (Notem bem: o alegado “dano moral” do estudante foi ter que... estudar!).

A coisa não fica apenas por aí. Pelo Brasil afora, ameaças constantes. Ainda neste ano, uma professora brutalmente espancada por um aluno. O ápice desta escalada macabra não poderia ser outro.

O professor Kássio Vinícius Castro Gomes pagou com sua vida, com seu futuro, com o futuro de sua esposa e filhas, com as lágrimas eternas de sua mãe, pela irresponsabilidade que há muito vem tomando conta dos ambientes escolares.

Há uma lógica perversa por trás dessa asquerosa escalada. A promoção do desrespeito aos valores, ao bom senso, às regras de bem viver e à autoridade foi elevada a método de ensino e imperativo de convivência supostamente democrática.

No início, foi o maio de 68, em Paris: gritava-se nas ruas que “era proibido proibir”. Depois, a geração do “não bate, que traumatiza”. A coisa continuou: “Não reprove, que atrapalha”. Não dê provas difíceis, pois “temos que respeitar o perfil dos nossos alunos”.

Aliás, “prova não prova nada”. Deixe o aluno “construir seu conhecimento.” Não vamos avaliar o aluno. Pensando bem, “é o aluno que vai avaliar o professor”. Afinal de contas, ele está pagando...

E como a estupidez humana não tem limite, a avacalhação geral epidêmica, travestida de “novo paradigma” (Irc!), prosseguiu a todo vapor, em vários setores: “o bandido é vítima da sociedade”, “temos que mudar ‘tudo isso que está aí’; “mais importante que ter conhecimento é ser ‘crítico’.”

Claro que a intelectualidade rasa de pedagogos de panfleto e burocratas carreiristas ganhou um imenso impulso com a mercantilização desabrida do ensino: agora, o discurso anti-disciplina é anabolizado pela lógica doentia e desonesta da paparicação ao aluno – cliente...

Estamos criando gerações em que uma parcela considerável de nossos cidadãos é composta de adultos mimados, despreparados para os problemas, decepções e desafios da vida, incapazes de lidar com conflitos e, pior, dotados de uma delirante certeza de que “o mundo lhes deve algo”.

Um desses jovens, revoltado com suas notas baixas, cravou uma faca, com dezoito centímetros de lâmina, bem no coração de um professor. Tirou-lhe tudo o que tinha e tudo o que poderia vir a ter, sentir, amar.

Ao assassino, corretamente , deverão ser concedidos todos os direitos que a lei prevê: o direito ao tratamento humano, o direito à ampla defesa, o direito de não ser condenado em pena maior do que a prevista em lei. Tudo isso, e muito mais, fará parte do devido processo legal, que se iniciará com a denúncia, a ser apresentada pelo Ministério Público. A acusação penal ao autor do homicídio covarde virá do promotor de justiça. Mas, com a licença devida ao célebre texto de Emile Zola, EU ACUSO tantos outros que estão por trás do cabo da faca:

EU ACUSO a pedagogia ideologizada, que pretende relativizar tudo e todos, equiparando certo ao errado e vice-versa;

EU ACUSO os pseudo-intelectuais de panfleto, que romantizam a “revolta dos oprimidos” e justificam a violência por parte daqueles que se sentem vítimas;

EU ACUSO os burocratas da educação e suas cartilhas do politicamente correto, que impedem a escola de constar faltas graves no histórico escolar, mesmo de alunos criminosos, deixando-os livres para tumultuar e cometer crimes em outras escolas;

EU ACUSO a hipocrisia de exigir professores com mestrado e doutorado, muitos dos quais, no dia-a-dia, serão pressionados a dar provas bem tranquilas, provas de mentirinha, para “adequar a avaliação ao perfil dos alunos”;

EU ACUSO os últimos tantos Ministros da Educação, que, em nome de estatísticas hipócritas e interesses privados, permitiram a proliferação de cursos superiores completamente sem condições, frequentados por alunos igualmente sem condições de ali estar;

EU ACUSO a mercantilização cretina do ensino, a venda de diplomas e títulos sem o mínimo de interesse e de responsabilidade com o conteúdo e formação dos alunos, bem como de suas futuras missões na sociedade;

EU ACUSO a lógica doentia e hipócrita do aluno-cliente, cada vez menos exigido e cada vez mais paparicado e enganado, o qual, finge que não sabe que, para a escola que lhe paparica, seu boleto hoje vale muito mais do que seu sucesso e sua felicidade amanhã;

EU ACUSO a hipocrisia das escolas que jamais reprovam seus alunos, as quais formam analfabetos funcionais só para maquiar estatísticas do IDH e dizer ao mundo que o número de alunos com segundo grau completo cresceu “tantos por cento”;

EU ACUSO os que aplaudem tais escolas e ainda trabalham pela massificação do ensino superior, sem entender que o aluno que ali chega deve ter o mínimo de preparo civilizacional, intelectual e moral, pois estamos chegando ao tempo no qual o aluno “terá direito” de se tornar médico ou advogado sem sequer saber escrever, tudo para o desespero de seus futuros clientes-cobaia;

EU ACUSO os que agora falam em promover um “novo paradigma”, uma “ nova cultura de paz”, pois o que se deve promover é a boa e VELHA cultura da “vergonha na cara”, do respeito às normas, à autoridade e do respeito ao ambiente universitário como um ambiente de busca do conhecimento;

EU ACUSO os “cabeça-boa” que acham e ensinam que disciplina é “careta”, que respeito às normas é coisa de velho decrépito,

EU ACUSO os métodos de avaliação de professores, que se tornaram templos de vendilhões, nos quais votos são comprados e vendidos em troca de piadinhas, sorrisos e notas fáceis;

EU ACUSO os alunos que protestam contra a impunidade dos políticos, mas gabam-se de colar nas provas, assim como ACUSO os professores que, vendo tais alunos colarem, não têm coragem de aplicar a devida punição.

EU VEEMENTEMENTE ACUSO os diretores e coordenadores que impedem os professores de punir os alunos que colam, ou pretendem que os professores sejam “promoters” de seus cursos;

EU ACUSO os diretores e coordenadores que toleram condutas desrespeitosas de alunos contra professores e funcionários, pois sua omissão quanto aos pequenos incidentes é diretamente responsável pela ocorrência dos incidentes maiores;

Uma multidão de filhos tiranos que se tornam alunos-clientes serão despejados na vida como adultos eternamente infantilizados e totalmente despreparados, tanto tecnicamente para o exercício da profissão, quanto pessoalmente para os conflitos, desafios e decepções do dia-a-dia.

Ensimesmados em seus delírios de perseguição ou de grandeza, estes jovens mostram cada vez menos preparo na delicada e essencial arte que é lidar com aquele ser complexo e imprevisível que podemos chamar de “o outro”.

A infantilização eterna cria a seguinte e horrenda lógica, hoje na cabeça de muitas crianças em corpo de adulto: “Se eu tiro nota baixa, a culpa é do professor. Se não tenho dinheiro, a culpa é do patrão. Se me drogo, a culpa é dos meus pais. Se furto, roubo, mato, a culpa é do sistema. Eu, sou apenas uma vítima. Uma eterna vítima. O opressor é você, que trabalha, paga suas contas em dia e vive sua vida. Minhas coisas não saíram como eu queria.

Estou com muita raiva. Quando eu era criança, eu batia os pés no chão. Mas, agora, fisicamente, eu cresci. Portanto, você pode ser o próximo.”

Qualquer um de nós pode ser o próximo, por qualquer motivo. Em qualquer lugar, dentro ou fora das escolas. A facada ignóbil no professor Kássio dói no peito de todos nós. Que a sua morte não seja em vão. É hora de repensarmos a educação brasileira e abrirmos mão dos modismos e invencionices. A melhor “nova cultura de paz” que podemos adotar nas escolas e universidades é fazermos as pazes com os bons e velhos conceitos de seriedade, responsabilidade, disciplina e estudo de verdade.

Igor Pantuzza Wildmann

Advogado - Doutor em Direito. Professor universitário.




Posicionamento da Justiça:



28/01/2011 - Justiça acata denúncia contra estudante
O juízo sumariante do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte recebeu a denúncia do Ministério Público (MP) contra um estudante de educação física acusado de homicídio qualificado. A denúncia foi recebida, mas o processo foi suspenso até a resolução do incidente de sanidade mental já instaurado.

O crime aconteceu em dezembro de 2010 no Centro Universitário Metodista Izabela Hendrix. Segundo a denúncia, minutos antes do início das aulas, o estudante A.L.C. teria desferido um golpe de faca no peito do professor K.V.C.G., o que causou a morte do agredido. Para a promotoria, “o crime foi cometido por motivo fútil e mediante recurso que impossibilitou a defesa da vítima”.

O pedido de liberdade provisória, requerido pelo advogado de A.L.C., foi indeferido em 10 de janeiro de 2011. Conforme relato de testemunhas, o acusado é agressivo, se irrita com pequenas coisas e ainda foi apurado que ele ameaçava outros professores. Para o juiz, isso demonstra a necessidade de garantia da ordem pública. O magistrado observou que as condições que possibilitariam a liberdade do acusado (réu primário, bons antecedentes, residência fixa e ocupação lícita) por si só não ensejariam a liberdade provisória, “mormente considerando o temperamento agressivo do indiciado”. 

domingo, 23 de janeiro de 2011

Sempre Cora...

"Não sei... se a vida é curta ou longa para nós, mas sei que nada do que vivemos tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas. Muitas vezes basta ser: colo que acolhe, braço que envolve, palavra que conforta, silencio que respeita, alegria que contagia, lágrima que corre, olhar que acaricia, desejo que sacia, amor que promove." Cora Coralina

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

O amor é lindo!!!!!

Ontem, minha esposa e eu estávamos sentados na sala, falando das muitas coisas da vida.
Falávamos de viver ou morrer. Então, eu lhe disse:
-Nunca me deixe viver em estado vegetativo, dependendo somente de uma máquina e líquidos.

Se você me vir nesse estado, desligue tudo o que me mantém vivo, por favor!
Ela se levantou, desligou a televisão, o computador , o
ventilador e jogou minha cerveja fora.
Não é uma FDP?
S.O.S. EDUCAÇÃO PÚBLICA: Docentes Reprovados por Alienação, Irresponsabilidade e Masoquismo.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

# Geografia #: PROJETO DE GEOGRAFIA – MEIO AMBIENTE: "JUSTIFICATIVAComo a mais recente das linguagens, a informática complementa e serve de arcabouço tecnológico para as várias formas de comunic..."